As velhas opiniões não cabem
em mim. Me tornando um paradoxo, vivo na estrada sempre sozinho. Pessoas tem
olhares que confundem, truques que ao me aproximar, viro pó!
O de bom, ou não, que possuí
um dia, ficou para trás, ando contra o vento, e ainda não descobri como
resistir aos nãos.
Sou meu próprio senhor,
carrego mentiras e verdades escondidas, as vezes preciso de uma boa quantia de
segredos e fico intensamente aborrecida com os mistérios das circunstâncias.
Não preciso de razões, é
dispensável a mim seguir alguém, escolhi me encontrar, devido a isso, perdoou
grande parte dos meus pecados. As vezes sinto a brisa gelada do medo e como
tudo em mim se transforma não me entrego ao desespero.
Não estou a beira de ser
alguém, não saber onde estou e para onde vou é perfeito! Gosto de mim assim,
com todos os velhos e inalteráveis defeitos.
Nos delírios faço promessas,
mas acabo esquecendo-me de recordá-las. Sou um contradito, valer a pena ou não,
não desperdício tempo procurando o caminho, já que não toco os pés no chão.
Não durmo, não como, eu
leio, fumo e não divido com ninguém esse egoísmo. Sempre vou, nunca volto, não
me canso e não deixo de aproveitar os segundos dessa metáfora que é a minha
vida, dos meus choros, dos risos que sempre dou aos meus conceitos...
Prometo deixar um beijo
quando partir, e me lembrarei que essa promessa não é um delírio.