sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dedico a N.

  Quis com lágrimas escrever o nome saudade. Desejei estar abraçando-te para que não vissem meus olhos vermelhos.
Na primavera a escondia e somente no inverno lhe procurava, para que curasse minhas dores, me contasse historias bonitas antes de dormir c om seu gracioso e quase irritante sorriso, encantasse os dias que restavam.
  Teu ombro sempre foi capaz de suportar minhas injurias, pois não me julgava e não me dava medo como os outros.
  Mesmo não gostando de minhas canções, sei que lhe agrada o suar do piano, as melodias do violão velho, os rascunhos que a mim, sempre deram pejo...
Eu sorri quando pegou minhas mãos e, chorei quando as soltou, mas seu toque sempre estará nelas.
  Me lembrei que nunca a agradeci por guardar meus segredos infantis, por sua companhia, fazendo de mim uma pessoa melhor. Me desculpe, se nunca olhei nos seus olhos e disse: OBRIGADA!
Por favor, quando se recolher tente compreender que tudo isso é você e que ninguém mais poderia ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário