sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Quando tirei meus sapatos desejei, o mais profundo, que a água correndo no chão não molhasse meus pés.Que o vento, não me soprasse forte e demasiado gelado capaz de roubar minha espiritualidade, ao menos o resto desta que frágil esta, sem forças de fingir estar inteira.O buraco que carrego é imensamente profundo, sombrio, um coração habitava ali, pulsava tão forte, tão quente e inquieto e desde então não me pertenceu, o deixei com seu novo dono! De que adiantaram as promessas fatigadas, cheias de frases sublimes, de imagens borradas querendo ansiosamente ser um futuro improprio, incrédulo para meus olhos. Quero me acalmar num primeiro momento, e quando tudo for embora, voltarei, tomarei meu coração de volta, inteiro. Sou fugaz, feita de metades deixadas em algum canto, compostas de elementos preto e branco, crua, não eu não sou pura. Os gritos, as vozes, os risos provocantes não passam de tormentos dentro da sala vazia em minha cabeça, cá fora de mim, nunca estive pronta para nascer para esses tempos mortificados dados a mim de presente.Quando algo parecer justo, quando minhas convicções combinarem com as analises de meus olhos, eu estarei, mais uma vez entregue a algo que me queira, estarei disposta a sorrir das bobagens, sujeita a ter desejos, me permitirei a embriagues que é amar, meu corpo usado já saberá o que é a veste dos desiludidos. Eu sentirei amor, eu chamarei amor, eu suplicarei amor. E tudo me sera prolixo, não lhe caberá meus sentimentos difuso, daria razão a minha insanidade de querer dar-lhe novamente o mesmo coração que um dia você quebrou, você dará um sorriso hostil que me encantará, me fará esquecer os tempos de pés descalços. Me deixa muda, cega, até quando lhe convém, e quando nossos suspiros te cansar, você vai abrir o buraco, vai pegar meu coração, e eu ficarei sozinha, recolhendo meus sentimentos derramados, me sentindo menos pior, tendo de volta a mesma dor, mas desta vez não tomarei os mesmos remédios, por hora olharei a troça que fez do nosso amor, sorrio e lhe digo 'Até uma próxima vez,meu amor'
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