Longe de mim.

Eu não sei porque, mas acho que longe terá flores e um vento leve e gélido para me trazer conforto. Nunca entendi dessas forças que te levam a pensar que algo ou alguém lhe fará feliz, mas tudo nos leva á um momento, apenas, e talvez eu caia em desespero em perceber que não foi eterno o que eu inconsciente achava que seria. Me disseram que as coisas não eram imutáveis, me ensinaram que o amor é raro, que em muitas vezes você está apaixonada ao invés de estar amando. Eu sei, claro que sei dessas e muitas outras coisas cruéis que o mundo trata de apresentar a nós, mas isso não quer dizer que eu aceite, que eu não chore por uma desilusão ou que lamente pela falta de reciproca em minhas relações. Ninguém está pronto, nem disposto a ser um saco de pancadas, de receber dores fora de dimensão, de chorar descontroladamente por alguém. Porem, tudo parece ser tão inconstante, pela manhã se esta bem, mas a noite os pés não são mais capazes de sustentar tanta agonia. Estar assim, viver assim é tão desolador. Sentir-se vazio e sozinho, tudo e todos virando ou não as costas, isso na altura do campeonato não vai importar, por que meu espirito não está mais dentro de mim, e eu tendo procurá-lo, não o encontro. E os meus olhos de tanto chorar não conseguem ver quem está segurando minha mão, mas eu prefiro acreditar que há sim, mesmo não havendo, e não sei se a respiração que ouso é minha, ou de outra pessoa preocupada realmente com os meus sentimentos. Talvez eu só esteja procurando alguém que me ajuda a criar um novo espirito, que me faça corar, sorrir, e até mesmo chorar. Alguém que traga cor ao meu rosto, que me diga que o tempo não é tão monstruoso quanto acho que seja, queria me sentir segura outra vez.